terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Pratique o que você prega! Mas então, quem pode pregar?!

Não ouvistes vós as palavras que o SENHOR pregou pelo ministério dos profetas que nos precederam (Zacarias 7:7)

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Nessa mensagem eu trato da questão sobre a fidelidade do pregador em relação àquilo que ele prega em termos doutrinários. Esse é um dos temas mais importantes da vida daqueles que se dedicam à missão de ensinar o Evangelho ao mundo, uma vez que a coerência entre teoria e prática é muito importante na vida daquele que crê no Evangelho e lhe ensina ao mundo pela pregação.


Graça e Paz!!!

Zacarias 7

No quarto ano do rei Dario, veio a palavra do SENHOR a Zacarias, no dia quarto do nono mês, que é quisleu. Quando de Betel foram enviados Sarezer, e Regém-Meleque, e seus homens, para suplicarem o favor do SENHOR, perguntaram aos sacerdotes, que estavam na Casa do SENHOR dos Exércitos, e aos profetas: Continuaremos nós a chorar, com jejum, no quinto mês, como temos feito por tantos anos? Então, a palavra do SENHOR dos Exércitos me veio a mim, dizendo: Fala a todo o povo desta terra e aos sacerdotes: Quando jejuastes e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, acaso, foi para mim que jejuastes, com efeito, para mim Quando comeis e bebeis, não é para vós mesmos que comeis e bebeis? Não ouvistes vós as palavras que o SENHOR pregou pelo ministério dos profetas que nos precederam, quando Jerusalém estava habitada e em paz com as suas cidades ao redor dela, e o Sul e a campina eram habitados? A palavra do SENHOR veio a Zacarias, dizendo: Assim falara o SENHOR dos Exércitos: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão; não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo. Eles, porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem. Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos. Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu não os ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos. Espalhei-os com um turbilhão por entre todas as nações que eles não conheceram; e a terra foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém passava por ela, nem voltava; porque da terra desejável fizeram uma desolação. (Zacarias 7:1-14)

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

10 maneiras de glorificar a Deus no cinema

Esse texto despretensioso não tem por objetivo discutir se o cristão “deve” (ou não) ir ao cinema, nem incentivar ninguém a ir. Esse texto simplesmente pressupõe que muitos cristãos, inclusive adventistas do sétimo dia, vão ao cinema e diante desse fato eu escrevi sobre 10 maneiras de glorificar a Deus nesse famigerado ambiente de cultura e entretenimento. Essa lista não é, nem de longe, exaustiva, mas representativa dos princípios gerais que devem nortear o consumo de praticamente qualquer produção midiática feita num mundo caído.

1- Se você vai ao cinema, decida de antemão a jamais “divinizar” a indústria do cinema, sua filosofia ou estilo de vida ou seus diretores, atores e atrizes. Eles não podem nem devem guiar sua vida e exigir sua devoção acima de qualquer coisa. Essa indústria é humana e imperfeita como tudo o que é humano é imperfeito. Somente o verdadeiro Deus é digno de ser o centro de nossa adoração (Ne 9:6) e somente Ele é capaz de oferecer sentido seguro à nossa existência (Sl 48:14). Nunca troque sua relação com Deus por NADA nem NINGUÉM.

2- No cinema, percebe-se as “imagens” idealizadas por seus criadores de forma a fundamentarem e refletirem seus conceitos de: sucesso; alegria; poder; medo; beleza e inúmeros outros. Mesmo conceitos mais complexos e profundos como: moralidade, ética, geopolítica, psicologia, filosofia e teologia são retratados de muitas formas por tal indústria, a maioria delas enviesadas numa direção contrária à da cosmovisão bíblica. Ainda que você vá ao cinema regularmente (ou não tanto) jamais aceite quaisquer “imagens” acriticamente e jamais confunda o bem e o mal (Is 5:20). Compreenda a cada uma delas da melhor forma possível e as rejeite e denuncie sempre que estiverem em contradição com a verdade revelada por Deus através de sua Palavra, de seu Filho e de seu Espírito.

3- Quem vai ao cinema não demora a perceber que Deus é um “tema” quase sempre presente nos filmes de forma explícita, mas perceberá também que frequentemente Ele é retratado de forma irreverente e/ou blasfema. Essa é uma das maiores razões para que o cristão pense e repense sua “comunhão” com essa indústria em sentido geral, mas tal não implica em que seja necessário rejeitar por completo a ida ao cinema. A Bíblia também traz descrição de pessoas tolas que negam a existência de Deus (Sl 14:1) ou de inimigos que lhe blasfemam o nome (Sl 74:18), e nem por isso rejeitamos ler a Bíblia para evitarmos entrar em contato com esse tipo de ideia a fim de que elas “não nos influenciem” a nós mesmos negarmos a existência do Senhor ou lhe blasfemarmos o nome. Assim como somos capazes de ler descrições de ações pecaminosas sem nos tornarmos escravas delas por esse simples fato, também somos capazes de ver filmes que retratem pecados sem nos tornarmos escravos desses mesmos pecados por causa disso, para tal resultado seria necessário que houvesse submissão voluntária nessa direção (Rm 6:16).

4- Compre seu ingresso de cinema com dinheiro ganho sem precisar transgredir a lei de Deus. Ou seja, além de não ganhar seu dinheiro com criminalidade e/ou pecados em geral (especialmente roubo e mentira, os mais comuns em relação a esse tema), lembre-se de ordenar a sua vida no ritmo de seis dias de trabalho e tendo o sábado do sétimo dia de descanso, conforme a ordem do Senhor que criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo (Ex 20:8-11), e então desfrute do que seu dinheiro pode te oferecer para a glória do Deus vivo.

5- No cinema se retrata tudo (ou quase tudo) o que é humano. Hollywood também tem sua visão sobre família, sendo essa uma área extremamente complexa da nossa existência. Existem muitas dinâmicas potencialmente complicadas nas relações familiares e o cinema explora isso com grande apelo emocional e social. Além disso, a superação de valores tradicionais é uma faca de dois gumes que é muito complexa de ser avaliada nesse contexto aqui. Por um lado, é óbvio que nenhuma família ou nenhum conjunto de valores ou relacionamentos familiares é absolutamente ideal em todas as suas manifestações, de forma que frequentemente podemos e devemos ir além das tradições familiares em nossa busca por identidade e liberdade. Ainda assim, a total rejeição de tudo o que é “tradicional” pode fazer com que pessoas rejeitem o próprio fundamento da civilização em troca de uma busca por libertinagem irrestrita em torno da satisfação do egoísmo natural do pecador cuja malícia lhe “subverte” (Pv 13:6). A dinâmica social em torno desses temas é ampla e devemos estar alertas para que as filosofias, práticas e ideais de uma indústria que visa acima de tudo o lucro não venham a bagunçar o fundamento de nossa sobrevivência, convivência, respeito e amor no contexto familiar.

6- Quando for ao cinema tente vencer uma espécie de ciclo vicioso no qual muitos caem que é o de se empanturrar de “porcarias” que lhe enchem o estômago enquanto o filme enche a sua mente. Talvez você devesse levar petiscos e bebidas o mais saudáveis possíveis para curtir a sessão escolhida para a glória de Deus (1 Co 10:31). Lembrando que o próprio Supremo Tribunal Federal do país já decidiu que você pode levar para dentro do cinema o que você quiser comer sem precisar comprar lá o que lhe apetecer.

7- O cinema é uma arte que envolve fortemente a questão da imagem e, sendo assim, é natural que a exploração da beleza e sensualidade de atores e atrizes seja um dos principais chamarizes dessa poderosa indústria. Antes de rejeitar o cinema como culpado por gerar o “pecado sexual”, porém, deve ser fácil entender que as dificuldades humanas com a sexualidade não dependem desse tipo de mecanismo de propagação para existir. O livro de Gênesis é recheado de histórias de promiscuidade e pecado sexual nível “hard core”. Naquela época o mundo ainda estava muito longe de conhecer a sétima arte, mas já era expert em transgressão do sétimo mandamento da lei de Deus (Ex 20:15). Obviamente que precisamos cuidar com a excitação de nossa natureza carnal em torno do tema (Mt 5:28), mas isso não é um problema somente para quem vai ao cinema, mas também para quem vai à praia ou ao centro da cidade, ou a uma festa de familiares e amigos, ou a quem vê televisão ou acessa a internet. Em resumo, a sexualidade é um “problema” de quem está vivo no planeta terra, independentemente do cinema. Glorificar a Deus na sexualidade é um desafio para todos.

8- A glamourização da parte do cinema da violência ou de estilos de vida desordenados de uma forma geral (uso de drogas lícitas ou ilícitas, aceitação do roubo, da mentira, do adultério, da zombaria e de muitas espécies de males) é um retrato vívido da decadência do ser humano. Somos uma raça que aparentemente se orgulha de sua própria miséria. Essa realidade (aliada àquela descrita no terceiro ponto) é a mais forte razão para que o cinema perca seu brilho e encanto na vida do cristão. Ainda que não precisemos e nem devamos atribuir à ida ao cinema o status de ”pecado” (cf. Rm 4:15), sabemos que não há comunhão entre o certo e o errado (2 Co 6:15). Obviamente, também é verdade que nada é tão simples que não possa ser complicado. A Bíblia é um livro CHEIO de descrições de violência, imoralidade sexual, traição e maldades geral. Como um exemplo simples desse tipo de enredo na Bíblia eu proponho uma ilustração (saibam de antemão que sou péssimo em ilustrações, mas de vez em quando eu tento ilustrar... rsrs). Se tornássemos passagens bíblicas em filmes, uma das principais produções de toda a história se chamaria “a hora do poder das trevas”, um filme de terror estrelando Jesus Cristo, torturado e morto numa cruz (cf. Lc 22:53)! Se as pessoas não pudessem ir ao cinema pela necessidade de se afastarem de “ter comunhão” com quaisquer histórias violentas e negativas e ruins, elas deveriam enxergar que a Bíblia, mais cedo ou mais tarde, deverá ser tomada como um livro impróprio por gerar imaginações e contato com histórias que descrevem profundo pecado e maldade em amplas direções. As pessoas podem ir ao cinema para a glória de Deus tanto quanto podem ler a Bíblia para a glória de Deus, sempre buscando em tudo discernir a natureza essencial do que é negativo (Hb 5:14) para poder aprender a vencer o mal com o bem (Rm 12:21).

9- Algumas pessoas defendem que é impossível “glorificar a Deus no cinema” pelo fato de que essa indústria vive da “mentira” ou “ficção”. Antes de dar um cheque mate no cinema em nome dessa situação, quem assim argumenta deveria admitir que a Bíblia contém “ficção”, rejeitaremos a ela também? Juízes 9:8-15 fala das árvores decidindo qual delas deveria reinar entre elas, Lucas 16:19-25 retrata uma conversa envolvendo pessoas que já morreram, as parábolas do Antigo e Novo Testamentos contam histórias irreais com aplicações espirituais diversas. A ficção faz parte da vida humana em inúmeros contextos e não deve ser rejeitada simplesmente por “representar” a realidade. A fantasia pode ser um problema para pessoas muito imaginativas e pouco práticas, especialmente diante de quadros de fragilidade ou patologia psicológica, mas mais uma vez o problema não é o cinema em si, mas a fraqueza humana de tais e tais pessoas. Recomendo a realidade acima da ficção, sempre, mesmo porque frequentemente a vida supera a arte, mas a representação da vida faz parte da arte e pode ensinar muitas coisas a quem esteja disposto a aprender.

10- Deus é glorificado no cinema quando seu povo avalia qualquer conteúdo nele veiculado à luz de sua Palavra (Jo 17:17) e faz disso um exercício para se tornar mais e mais seletivo e consciente em relação a toda mídia que consome em todo e qualquer ambiente ou circunstância ou momento de sua peregrinação neste mundo, tudo para louvor da graça de Deus em Cristo Jesus (Ef 1:3-6)!

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