quinta-feira, 12 de março de 2009

Os embaixadores de Babilônia

"Nesse tempo, Merodaque-Baladã, rei da Babilônia, enviou cartas e um presente a Ezequias" Isaías 39:1

O rei Ezequias foi acometido de uma grave doença que humanamente era impossível de ser curada. Mesmo o servo do senhor lhe disse sob autoridade divina que ele morreria. O rei, entretanto, não desistiu de viver e orou fervorosamente ao Senhor da vida. Ezequias derramou muitas lágrimas e entregou sua existência nas mãos do Criador cuja misericórdia é infinita. Deus ordenou ao profeta Isaías que voltasse à presença do rei e lhe anunciou a verdade de que o Senhor ouvira sua oração e lhe acrescentaria 15 anos além de lhe livrar do poder do rei da Assíria que ameaça o reino de Judá (2Rs 20:4-6). Sob essa Palavra o profeta ordenou que se fizesse uma pasta de figos que foi colocada na parte enferma do corpo do rei e esse foi curado milagrosamente. Antes que a cura fosse efetivada Ezequias pediu um sinal de que a mensagem de esperança e restabelecimento era do céu e Deus lhe concedeu um sinal cósmico impressionante, a sombra do sol voltou dez graus que já tinha percorrido naquele dia para testemunho do moribundo rei de Judá (2Rs 20:8-11). Ao se cumprir a palavra de Deus Ezequias louvou ao Senhor de todo coração e fez votos de ser fiel ao Criador do céu e da terra (Is 38:10-20).

Na Babilônia existiam vários sábios interessados em assuntos relativos à astronomia e ao perceberem que o sol havia declinado dez graus ficaram maravilhados. Não demorou até que esse povo ficasse sabendo que esse sinal extraordinário fora realizado em favor de Ezequias, rei de Judá. Logo uma embaixada de sábios foi enviada da Babilônia à Judá para aprender mais sobre esse milagre. Essa era uma oportunidade áurea e singular para o rei exaltar o verdadeiro rei de Judá, o Deus vivo. Muitas coisas poderiam ter sido diferentes na história do mundo se esse povo que seria um dia o maio império da face da terra tivesse aprendido a conhecer a verdade sobre o único Deus Vivo que existe, o Deus de Israel. Mas Ezequias não aproveitou essa oportunidade e exaltando a si mesmo mostrou a esses sábios gentios e ignorantes das verdades maravilhosas de Deus seus tesouros (Is 39:2) em vez de lhes instruir no caminho do conhecimento do Senhor. O rei falhou em demonstrar a gratidão e devoção devida ao Deus do céu. O relato bíblico diz que Deus abandonou Ezequias para ver o que estava no seu coração (2Cr 32:31) e quando assim o fez encontrou ingratidão e falta de amor.

Seu coração se exaltou e não correspondeu favoravelmente ao benefício que lhe foi concedido pela graça de Deus (2Cr 32:25). Os embaixadores de Babilônia voltaram à sua terra, não cheios de revelações de Deus, mas de cobiça pelos tesouros que viram e só lhes faltava tempo até que viessem a Jerusalém saquear tudo que havia nos tesouros que o imprudente e ingrato rei lhes havia mostrado (Is 39:3-8) e por causa disso veio grande ira sobre Judá e sobre Jerusalém (2Cr 32:25). Numa atitude de humilhação Ezequias confessou seu erro e foi poupado de sofrer diretamente as conseqüências de sua atitude pela misericórdia amorosa de Deus.

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