quinta-feira, 12 de março de 2009

A Longanimidade de Deus para com seu povo


"a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento" Romanos 2:4

Por mais de 2 séculos após o reinado de Acabe o povo de Israel viveu em rebelião contra Deus. Essa rebelião se manifestava na política, na sociedade de forma geral e na vida espiritual da nação. Deus suscitou profetas nessas épocas para despertar o povo de sua condição perante Deus, mas nem mesmo as terríveis repreensões dos profetas de Deus conseguiram despertar a nação para esses fatos e lhes conduzir no caminho do arrependimento e da reforma de vida. Estava perto o momento em que as 10 tribos deveriam ser dispersas na terra como “vagabundos sem lar”. Deus, através do ministério de Elias, Eliseu, Amós e Oséias deixou claro perante Israel as consequências da desobediência, mas ainda assim Israel não voltou ao Senhor.
Israel se esqueceu da Lei de Deus e seria rejeitado por Deus. Israel não tinha agora barreira contra o pecado nem contra Satanás. O povo trocou a verdade e a lealdade para com Deus pela injustiça, ociosidade, deboches, despudorados banquetes e bebedeiras. Colhiam os frutos da idolatria e se aprofundavam na perversidade resultante da mesma. Os profetas clamavam contra esses males fortemente e a todos foram dadas oportunidades de arrependimento. Na hora da maior apostasia de Israel os profetas lembravam ao povo o amor Eterno de Deus por eles e seu Poder para salvá-los do pecado.
A maioria do povo, entretanto, se recusou a entregar seu coração ao Senhor e os poucos fiéis que ainda existiam não seriam capazes de impedir que os juízos de Deus caíssem sobre Israel e Israel colheria agora o fruto de suas atitudes diante do Senhor. O império Assírio se torna o senhor de Israel que agora lhe paga tributos e taxas, assim Israel foi humilhado perante seus inimigos. Mais tarde a Assíria invade definitivamente Israel de forma mais agressiva e as tribos de Israel jamais conseguiriam se recuperar desse golpe, estavam agora espalhados entre as nações como coisa de quem ninguém se agrada.
Ainda assim Deus exalta sua misericórdia e através dos fiéis levados para longe da terra de Israel ele iluminaria o mundo com o conhecimento de sua verdade. O Messias, o redentor de todo o mundo não demoraria a visitar este mundo. Essa mensagem vigorosa seria pregada a todo mundo por um povo em cujo coração estava a lei do Senhor (Isaías 51:7).

O favor de Deus para com Israel estava condicionado à fidelidade do povo. Eles tinham um concerto entre si onde o povo tinha dito que faria tudo que o Senhor havia dito. Ainda assim rapidamente Israel se afasta de sua aliança com Deus e se faz infiel ao Senhor. Os israelitas sabiam que não estariam seguros longe do Senhor, mas deixaram de encontrar a força, o entendimento e as bênçãos de Deus por sua indisposição de cumprir os mandamentos de Deus.
Todo o povo de Israel conhecia a história da entrega da Lei ao povo e de que maneira grandiosa e maravilhosa seu Deus havia se comportado em relação a eles. O céu e a terra foram tomados por testemunha contra Israel e eles foram claramente advertidos do mal que lhes acarretaria no caminho da rebeldia e infidelidade à aliança. No cativeiro Assírio, como no cativeiro Babilônico o povo sofreu várias dessas conseqüências que eram claras na Lei de Moisés. Israel colhia os frutos de sua obstinação. Todos os seres humanos sofrem resultados semelhantes quando rejeitam a Lei de Deus e trocam a fidelidade a Deus pelas coisas pecaminosas desse mundo. Como no tempo de Israel, o mundo hoje não valoriza a Lei do Senhor, mas em meio a uma geração corrompida e perversa Deus ainda chama e santifica para si mesmo um povo e lhe prepara para encontrar Cristo nas nuvens do céu e esse povo será fiel ao Senhor em amor.
Visões de glória e salvação surgem dos escritos proféticos neste tempo de trevas tão densas. Deus é fiel ao seu amor para conosco e além das maldições que sobre os transgressores de sua Lei recebem, Deus tem uma obra especial para realizar naqueles que se arrependerem e se permitirem serem transformados. O concerto ente Deus e os homens deve ser restaurado pelo povo que pretende estar em pé no dia da vinda do Filho do Homem, e a promessa de Deus é de perdão e salvação eterna a todos que assim se chegarem a Ele por meio de Jesus Cristo. Deus terá um povo que é o monumento de sua graça e misericórdia, e que lhe obedecerá por amor, não por suborno. Os mandamentos de Deus e a fé em (de) Jesus serão escritos na mente e no coração daqueles que, ainda que estejam longe, na terra de seu cativeiro, não se esquecem de Deus. E o Senhor não se esquece de seu povo, pelo contrário, está no meio do seu povo para salvá-lo.

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